BIM no Brasil

A implantação do BIM no Brasil deve ter um fôlego em 2021, com as leis para expandir acesso e uso. O uso da metodologia BIM é essencial para um país que visa expandir seu mercado de construção, trazendo segurança, previsibilidade e economia nos processos requeridos. 

O BIM  reduz erros de compatibilidade e eleva o nível de produção, já que todas as partes do processo estão interligadas e disponíveis em tempo real para todos os membros da equipe.

Dentro dessa dinâmica, o Brasil ainda está engatinhando. Contudo, existem várias iniciativas e legislações que pretendem ajudar na difusão da metodologia por terras brasileiras, incentivando seu uso e mostrando seus benefícios.

Segundo um estudo da Fundação Getúlio Vargas, a produtividade do Brasil, em construção civil, é quatro vezes menor que a de países como Estados Unidos, China, Rússia e os da União Europeia.

O mesmo estudo diz que, com a implantação da metodologia BIM, por pelo menos metade das empresas, reduziria essa diferença em 7%.

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O BIM no Brasil

O BIM chegou por aqui em meados de 2000, seguindo uma tendência que já era explorada no Reino Unido, Estados Unidos, Holanda e Finlândia. Inclusive, nestes países, nenhum projeto pode ser submetido a avaliação de viabilidade pelos órgãos competentes se não estiverem dentro da metodologia BIM.

Entretanto, por aqui, as ações eram desorganizadas, faltando um sistematização de uso.

Em 2016, foi assinado um acordo entre o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e o pelo Ministro Liam Fox, do Reino Unido. Esse acordo formalizou a iniciativa de disseminar o BIM no Brasil de maneira coordenada.

Esse foi o início das legislações que regulamentaram e criaram um calendário de implantação, que marca a propagação do BIM de forma mais madura e coesa.

Nas ações, Santa Catarina tomou a dianteira e garantiu que, a partir de 2019, todas as licitações de obras públicas fossem feitas com a metodologia BIM.

Criação da Frente Parlamentar

Em 2015, uma ação conjunta de vários setores da construção civil culminou na criação da Frente Parlamentar em Defesa do Sistema de Modelagem da Informação da Construção, conhecida por Frente Parlamentar do BIM (FPBIM). 

Essa iniciativa foi iniciada com o Dep. Julio Lopes e contou com o apoio de  200 deputados federais, tendo o Deputado Federal Hildo Rocha (MDB/MA) sido eleito como presidente.

A Frente Parlamentar visa difundir e normatizar o uso da metodologia BIM no Brasil, determinando prazos de implantação e ações que beneficiem essa expansão.

Dentre as ações da Frente Parlamentar, podemos citar:

  • Incentivo às instituições que queiram ajudar a desenvolver a metodologia BIM no país, inclusive, dando incentivos públicos.
  • Promover intercâmbio entre instituições e parlamentos estrangeiros que possam contribuir para o uso em escala do BIM.
  • Estimular debates, simpósios e eventos que fomentem o uso e pesquisa da modelagem BIM.

Decreto Nº 9.983 – Estratégia BIM BR

Ainda em 2018, o Governo publicou um Decreto, posteriormente reeditado pelo Decreto Nº 9.983, de 22 de agosto de 2019, que estimulava ainda mais a adesão de empresas do setor de construção civil à modelagem BIM.

A intenção é conseguir aumentar a produtividade, criando ambientes seguros e mais sustentáveis.

Também é objetivo do governo deixar as licitações mais transparentes, além de reduzir a necessidade de aditivos contratuais de alteração do projeto, de elevação de valor e de prorrogação de prazo de conclusão e de entrega da obra.

Ao todo são 9 objetivos diretos da Estratégia BIM BR:

  1. Difundir o BIM e seus benefícios;
  2. Coordenar a estruturação do setor público para a adoção do BIM;
  3. Criar condições favoráveis para o investimento, público e privado, em BIM;
  4. Estimular capacitação em BIM;
  5. Criar atos normativos para estabelecer parâmetros de compras e contratações públicas com uso do BIM;
  6. Estimular normas técnicas, guias e protocolos específicos para a adoção do BIM;
  7. Desenvolver a Plataforma e a Biblioteca Nacional BIM;
  8. Estimular o desenvolvimento e a aplicação de novas tecnologias relacionadas ao BIM;
  9. Incentivar a concorrência no mercado por meio de padrões neutros.

 Cronograma do BIM no Brasil

A primeira fase iniciou-se em janeiro de 2021, focando no uso de BIM em projetos de arquitetura e de engenharia. Ela contempla construções novas, ampliações e reabilitações. Também deve focar em disciplinas de estrutura, hidráulica, elétrica e AVAC (aquecimento, ventilação e ar-condicionado).

A segunda fase iniciará a partir de 2024. Nesta, será incluída a modelagem BIM em execução direta ou indireta, além das citadas na fase anterior, na orçamentação e planejamento. Obras novas e atualizações deverão seguir o modelo. 

A terceira fase iniciará a partir de janeiro de 2028, nela, entrará o gerenciamento e manutenção de empreendimentos após finalizada a construção. Contando que a modelagem BIM tenha sido utilizada em sua concepção e desenvolvimento.

Embora ainda defasado, o Brasil está agindo para equiparar suas normas a de outros países, integrando a metodologia BIM em suas construções. Modernizando, garantimos mais agilidade, e previsibilidade. Sem desperdícios de tempo e recursos.

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